quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A razão do amor.

Lês poucos livros, revistas cor de rosa e as letras gordas dos jornais. Gostas de filmes de terror, acção, mas sabes o valor de uma boa comédia romântica.

És bonita, o teu cabelo nasceu para andar solto a brilhar num centro comercial e o teu corpo tem as curvas todas no lugar. Gostas de viajar, de ouvir boa música, passas horas no computador a cuscuvilhar. Tens bom humor e jamais chorarás á frente de alguém.

Com uma vida dessas, por que raio é que estas solteira?

Porque o amor não depende da beleza, mas cada um tem que gostar do que vê, não depende da inteligencia, mas convém ter as ideias no lugar, é mais pela personalidade. Duas personalidades devem encaixar-se na perfeição, e voilá, temos um casal perfeito.
Mas as coisas não funcionam assim.

O amor não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por acaso, por empatia, por magnetismo, ou pelas mãos do cupido.

Tu amas aquele idiota. Ele diz que vai ligar, passam horas e ele não liga. Ele fica de mandar mensagem no dia a seguir, e não manda. Ele veste a primeira peça de roupa que encontra no armario, não combina cores, não liga a estilos. Ele adora o tipo de música que tu não suportas. Ele não arranja emprego, não tira a carta de conduçao, vive debaixo da asa da mamã. Ele é frio, arrogante. Não tem vocação para príncipe encantado, mas tu não consegues despachá-lo. Quando a mão dele toca na tua cara, derretes feita manteiga. Ele não escreve poemas, nem diz as palavras doces que tu queres ouvir, então, porque é que tu o amas?? Não me perguntes a mim.

Tu já escreveste montes de textos com palavras lindas, e ele não respondeu. Ele não oferece flores nem te leva a conhecer a mae. Então? Então que ele tem uma forma de sorrir que te deixa sem jeito, o beijo dele é mais viciante que LSD, tu adoras discutir com ele e ele adora implicar contigo. Isso tem nome...

Ninguém ama outro alguem pela educação ou porque se veste bem. Isso são apenas referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro nos faz sentir ou pelo medo que ás vezes temos de o perder. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos brilham, pela maneira desajeitada de se expressar, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível, de lindo, de mágico.

Homens honestos existem aos milhares, generosos aos montes, ricos são poucos mas ainda se encontram, bons motoristas e bons pais de família, também. Mas só o teu amor consegue ser da forma que tu gostas.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

As maneiras de sofrer por amor

Existem duas maneiras de sofrer por amor:

A primeira é quando o namoro acaba, e aos poucos e poucos temos que nos habituar á ausência do outro, temos que nos habituar á sensação de perda, de rejeição.
Quando a relação termina o nosso mundo cai-nos aos pés. A dor é tão grande, e não imaginamos o futuro sem o nosso amor. A nossa vida acaba ali. A luz ao fim do túnel não existe.

A segunda é quando nos apercebemos que afinal existe a luz ao fim do túnel.
A parte que dói mais é basicamente a nível físico. A falta de beijos e abraços, a dor de nos tornarmos invisíveis, desinteressantes para o nosso amor. Mas, quando esta dor passa, começamos uma espécie de ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. Ter de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói bastante... O último adeus, o adeus definitivo, quando apagamos da nossa cabeça e do nosso coração tudo aquilo que nos deixa tristes...

Necessitamos tanto do amor como da pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não se conseguirem afastar de alguém. E a verdade é que não se querem afastar. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se uma lembrança de momentos felizes e bonitos que foram vividos... Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso força para deixar ir algo que nos marcou muito, algo que tivemos e algo a que nos apegamos. Fica entranhado em nós e só com muito esforço é possível tirar.

Passado algum tempo a pessoa que nos deixou já não nos interessa, mas interessa o amor que sentíamos por ela, o tempo, que de certa forma, gastámos.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o final perfeito de uma história que tinha inevitávelmente um fim... E só quando toda a dor já estiver curada poderemos amar de novo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Obrigado :)

Só posso dizer, que apesar deste acordar para a realidade, num daqueles momentos difíceis, em que tudo nos corre mal, valeu a pena cada segundo. Se por um lado me sinto vazia, por outro sinto o sabor de muitos bons momentos vividos na companhia de uma pessoa que me tirou da escuridão e me fez ganhar força para superar cada queda que a vida me deu. Não posso deixar de pensar que poucas foram as vezes que te pedi desculpa, porque muitas vezes te sufoquei com a minha vida. Foste sem dúvida o alicerce que me manteve em pé, ajudando-me a ultrapassar os piores momentos. Mil e um obrigados por tudo o que me deste de bom e até mesmo tudo o que me deste de menos bom, porque isso também me ajudou a crescer e a fortalecer.

Para TI, o meu mais sincero desejo de felicidade, aonde, como e com quem tu queiras.

Para TI, mil perdões por algo que talvez não devesse ter dito e que disse por acreditar que te tinha como parte de mim.

Para TI, o desejo de que a vida te abrace, como muitas vezes tu me abraçaste e me fizeste sentir tão protegida.

E por último, que a vida se encarregue de te presentear com alguém, que só com o olhar e um sorriso, sem sequer dizer uma única palavra, te faça sentir a pessoa mais especial do Mundo, da mesma forma que muitas vezes me fizeste sentir.

Obrigada por me teres dado muito mais do que uma boa amizade… 

Nuno Correia :)

Alguém que eu costumava conhecer.

Costumavas passar a mão no meu cabelo, acariciar-me com as tuas mãos macias, mostrar-me o teu sorriso doce, vezes sem conta num minuto. Costumavas mostrar interesse, mesmo que fosse pouco era o suficiente, era bom. Percebi isso agora, porque agora já não o tenho. Costumavas aquecer as minhas mãos frias nas tuas. Lembro-me de quando estávamos juntos, dizias estar tão feliz comigo, dizias amar-me tanto. Lembro-me da dor que sentia quando te deixava ao fim do dia. E todas as vezes que me magoavas e me fazias sentir como se a culpa fosse minha. Eu disse a mim mesma inúmeras vezes que tu eras o homem certo para mim, que mesmo tão diferentes encaixávamos na perfeição, como duas peças de um puzzle. Só que o para sempre que tanto saiu das nossas bocas, sempre acabou. Tornei-me viciada numa certa forma de tristeza. Uma tristeza sem sentido porque de certa forma estava contente de ter acabado. Disseste que podíamos continuar amigos. Fingir que não tinha acontecido nada entre nós. Isso seria assumir a insignificancia de todo o tempo que passámos juntos. Agora tratas-me de uma maneira tão rude, não precisavas de te rebaixar tanto por mim. Agora não preciso da tua amizade. Nem preciso desse teu amor, trata-me como uma estranha, muda de numero, já nem preciso de saber como estás. Já não preciso desse teu amor. Agora és apenas alguém que eu costumava conhecer. Mas mesmo assim, amo-te.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Elogio ao amor verdadeiro – Patrícia Almeida Antunes

Quero fazer um elogio ao amor que era puro. Àquele amor que era verdadeiro.

Amor é uma palavra, que na minha geração já muito poucos lhe conhecem o significado. Agora, os jovens amam uma pessoa e no minuto a seguir amam outra, isso para mim já não é amor, é brincar aos namorados.

Já não há quem sinta um amor incontrolável, já não há quem viva as paixões intensamente. Já não há quem cometa loucuras por um amor. Já não há quem ofereça flores a ninguém só por gostar, é preciso uma data, uma ocasião, e já nem mesmo assim. Eu nunca senti o cheiro duma rosa oferecida. Já não há quem leve uma rapariga a casa todos os dias, não há quem escreva cartas de amor. Já não há quem pague um jantar. Hoje em dia uma mensagem substitui tudo isso, uma mensagem a dizer “ Dorme bem meu anjo”, ou “És linda” já é um amor para o resto da vida.

Hoje em dia dizer “amo-te” é tão comum como dizer “bom dia”, é quase como uma questão de educação.

Sofre-se mais por amor do que se é feliz com ele, há muitas desilusões, principalmente quando amamos alguém que não tenciona amar-nos da mesma forma.

Para mim, o amor verdadeiro é quando alguém quer ver outra pessoa feliz independentemente de tudo!

Se não puder ser comigo, quero que o amor da minha vida seja feliz com outra pessoa. Faria tudo para o proteger mesmo sabendo que ele não faria nem metade por mim. Faria tudo para não o magoarem como ele me magoou a mim. O amor da minha vida será sempre o amor da minha vida. Posso ter muitos outros amores, mas nenhum será como ele.

Para mim isso é o amor que era puro e que agora já ninguém sente, amar independentemente do tempo que passa, dos obstáculos, das pessoas que vão aparecendo. Um amor que mesmo não sendo correspondido nunca se apaga, nunca se esquece. Esse era o amor que queria elogiar.

Voltar atrás no tempo

Pedi muitas vezes para o tempo voltar atrás, e desejei tantas ou mais vezes que alguém me ouvisse. Mas o tempo não pôde voltar atrás, e não voltou. Quem voltou foste tu. Não o tempo. Voltaste exactamente igual, exactamente como eras no dia em que te deixei, com o mesmo sorriso, o mesmo olhar, o mesmo toque, o mesmo beijo... Tu eras o meu motivo para querer, tão desesperadamente, voltar atrás no tempo. Senti que tinha cometido um erro em deixar-te, apesar de não ter sido um erro. Serviu para aprendermos os dois, eu a viver sem ti, mesmo pensando em ti quase todos os dias, e tu a dar-me o valor que antes não davas. Desejava encontrar-te de novo e mudar o nosso caminho. E tu voltaste. Dizem que "o que é verdadeiro volta sempre", não sei se é verdade ou não, mas se for, isso significa que és meu de verdade? Não sei, e agora desejo que o tempo passe, mas que passe devagar. Para poder aproveitar cada momento que estou ao teu lado, cada segundo que perdi por te ter deixado, quero recuperar tudo, mas com o devido tempo. E saber se o caminho que vamos percorrer, curto ou longo, é o caminho certo.